Não são minhas palavras, as li mesmo por lá e me senti não sei se triste, não sei se identificada.
Sim, sempre é mais fácil me deixar por algo que ficar comigo.
As batalhas se ganham quando o objetivo vale a pena. Se o prêmio é qualquer besteira ninguém vai lutar por ele. E assim me sinto, como qualquer besteira, qualquer pequenez da que ninguém se importa.
A vida toda tenho pensado que sou brilhante. Ás vezes me percibo, inclusive, como magia porque assim me olham, como se fosse algo maravilhoso; com esses olhos grandes e esse sorriso de bobo. Ás vezes estou muito certa de que sou especial. Sou boa, boazinha. Sou nobre. Sou sensível e não tolero olhar o sofrimento alheio. Sou empática e procuro sempre os demais, mesmo com o meu mau caráter e as minhas frases misantrópicas. Sou dura por fora e meio fraca por dentro (mas nem tanto).
E assim, brilhante como o ouro, uma moeda que representaria a felicidade para qualquer um, fica sem valer nada por causa de minúcias. Hoje fui descartada por curiosa e por feliz, por querer saber mais do mundo e daquela pessoa que é especial para mim. Hoje meu preço foi mais bajo do que um pouco de compreensão, humildade e ternura. Repito: as batalhas se ganham quando o objetivo vale a pena. Eu sei, não somente pelo de hoje, senão pelo que tem passado na minha vida toda, que nem a menininha mais doce e apaixonada do mundo vale o bastante como para achar quem a faça feliz.
Sim, eu sei que estou escrevendo como se fosse adolescente e sofresse muito por dentro. Mas é meu jeito de tirar de mim isso. O que não sei se é dor, decepção ou aquelas tristezas que batem você no peito até fazê-lo chorar.
Espero morrer hoje enquanto durmo.
lunes, 4 de enero de 2016
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